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Sua alegria é passageira, pois sua saúde está se deteriorando rapidamente

Tale

Lissy gosta da deterioração do marido Gerd em uma casa de família. Até mesmo Leo Tolstoy sabia que toda família infeliz é infeliz à sua maneira. Isso também é conhecido pelo diretor de cinema alemão Matthias Glasner, que recebeu o Urso de Prata na Berlinale 2024 por seu novo filme Dying. Mas ele pode adicionar a variante protestante do norte da Alemanha ao tema, o que intensifica ainda mais a melancolia familiar. Lissy Lunies (Corinna HARFOUCH) e seu marido Gerd (Hans Uwe BAUER) vivem em uma pequena cidade no norte da Alemanha e já são muito afetados pela velhice.

Aceitar ajuda é difícil para ambos

Seus dois filhos moram longe e são fortemente afetados por seus próprios problemas. O filho Tom (Lars EIDINGER) mora em Berlim e tem algum sucesso como maestro, mas está irremediavelmente enredado em disputas privadas. A filha Ellen (Lilith STANGENBERG) mora em Hamburgo e está tão comprometida com uma vida de alcoolismo que acorda na Letônia depois de uma noite de bebedeira. É verdade! Ambos lidam com a doença dos pais e suas próprias deficiências de maneiras diferentes.

Já não vimos o suficiente disso?

O fato de o filme não ser chato durante suas três horas de duração se deve ao elenco fantástico, que também inclui Anna BEDERKE, Robert GWISDEK, Saerom PARK, Saskia ROSENDAHL e Ronald ZEHRFELD. Os atores alemães Corinna HARFOUCH (indicada ao PRÊMIO EUROPEU DE CINEMA em 1989 por TREFFEN IN TRAVERS) e Hans Uwe BAUER receberam o PRÊMIO ALEMÃO DE CINEMA de 2024 por suas esplêndidas atuações. O confronto na mesa de centro entre HARFOUCH e EIDINGER é um dos destaques mais impressionantes do cinema alemão nos últimos anos. A família Lunies está infeliz à sua maneira. Um filme melancólico do mundo de língua alemã!

Sim e não

Claro, como cinéfilo, alguém se pergunta se isso é tipicamente alemão (ou pelo menos do norte da Alemanha) ou se seria possível em outras culturas. Mas Matthias GLASNER mira muito alto e se inspira em grandes figuras do cinema como Ingmar BERGMAN e Federico FELLINI. Afinal, não é à toa que Tom Lunies prefere assistir à versão televisiva de quatro horas de FANNY OCH ALEXANDER (1983) na véspera de Natal. E o personagem interpretado por Robert GWISDEK (filho de Harfouch na vida real) me lembra pelo menos Steiner, interpretado por Alain CUNY em LA DOLCE VITA (1959). Claro, o cinema alemão deprimente não é do gosto de todos.

Mas a maneira como a história é tão próxima da realidade tem um impacto muito especial ao qual você definitivamente deve se expor

Altamente recomendado!